Setembro amarelo
- Encanto Pediatria
- 10 de set. de 2020
- 2 min de leitura

Quando pensamos na campanha do ”Setembro Amarelo” dificilmente associamos a acontecimentos com crianças e adolescentes não é mesmo?
O “Setembro Amarelo” é uma campanha feita para combate ao suicídio!
Sim, é um tema até hoje difícil de ser abordado, imagine quando estamos falando de crianças e adolescentes.
Mas se pararmos para pensar é justamente o “FALAR” a principal ferramenta de combate para que não continue aumentando o número de suicídio seja na vida adulta ou pediátrica.
As crianças e adolescentes tendem a verbalizar menos o desejo de morrer quando comparadas a adultos, porém o comportamento geralmente tem mudanças perceptíveis quando bem observadas:
Desinteresse por coisas que até então os agradava
Isolamento de amigos e familiares
Comportamento mais calado que o habitual
Ausência de planos para o futuro, seja ele próximo ou a longo prazo
A tentativa é o fator de risco mais significativo para o suicídio, e após uma tentativa as chances de recorrência em outras fases da vida aumenta muito.
Quando falamos em crianças e adolescentes, temos que ter em mente sempre que a visão deles diante dos acontecimentos da vida não é e nem tem que ser igual a de um adulto. Com isso coisas que para os pais podem soar como insignificantes ou pouco relevantes, na vida do jovem causam um grande impacto, e devem ser valorizadas pelos pais na hora de ajudar seus filhos.
A escola entra com um papel fundamental junto à família no que se refere a ter atenção aos pequenos sinais e ao que ocorre na vida desses jovens, já que é onde eles passam boa parte dos seus dias e ocorre a interação social.
Problemas como Bullyng (seja por mudanças físicas, dificuldades de aprendizado, diferenças religiosas ou culturais) são grandes desencadeadores de doenças perigosas como depressão e transtornos de ansiedade, que podem ser apenas o início de um problema ainda maior se não tratados no momento certo.
Então a mensagem que queremos passar aqui é:
Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com seriedade
Tente sempre ajudar a pessoa permitindo que ele descubra novas soluções para seu sofrimento e orientá-lo em direção a uma ação concreta.
Não minimize os problemas e sofrimento do outro, procure compreendê-los
Reconheça a legitimidade do problema do outro e trate-o como adulto
Envolva a família no acolhimento
Por fim, não faça disso um tabu!!
Converse, converse e converse!
Lembre-se, ajuda profissional é sempre bem vinda!
Dra. Daise França
Neuropediatra
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