Paralisia Cerebral
- Encanto Pediatria
- 7 de dez. de 2020
- 3 min de leitura

Toda criança com PARALISIA CEREBRAL tem sua inteligência comprometida?
Vamos entender um pouco mais sobre o tema?
A paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiências graves na primeira infância, caracterizada por um grupo de condições que envolvem alterações MOTORAS PERMANENTES e NÃO progressivas.
Embora o transtorno em si não seja progressivo, a expressão clínica pode mudar com o tempo a medida que o sistema nervoso central amadurece!
È importante ressaltar que embora o termo paralisia cerebral seja usado para nomear uma síndrome seus sinais e a gravidade dos comprometimentos varia de situação para situação , e estão diretamente relacionados com a causa do problema!
Um fator que merece destaque, é que NEM TODAS AS CRIANÇAS possuem comprometimento cognitivo! Isso quer dizer que o que é fundamental para dizer que uma criança tem paralisia cerebral é a presença do comprometimento motor, e não alteração na sua inteligência!
Porque acontece a paralisia cerebral?
Pode acontecer em 3 momento da vida da criança, e isso está relacionado diretamente a suas causas:
Causas pré-natais: São lesões cerebrais que acometem os bebês antes do seu nascimento! Estão ligadas em sua maioria à saúde materna (diabetes, pressão alta, infecções por vírus -Zika, herpes, citomegalovírus...- , uso de substâncias tóxicas). Podem ocorrer ainda por malformações fetais que atingem o sistema nervoso central ou condições genéticas e hereditárias.
Causas peri-natais: Sao quelas que acontecem quando a mulher entra em trabalho de parto e se desdobram até 6h após o nascimento. Algumas delas são: prematuridade, baixo peso ao nascimento, trabalho de parto prolongado e HIPÓXIA neonatal (quando o fluxo de oxigênio no sangue do bebê é reduzido).
Causas pós-natais: Neste caso a lesão pode ocorrer até que a criança complete 2 anos de idade! Isso porque para ser considerado paralisia cerebral, a lesão ao sistema nervoso central deve ocorrer enquanto ele ainda está em desenvolvimento/formação.
As causas mais comuns são: meningite viral, traumas na cabeça e tumores no sistema nervoso central.
Como reconhecer a paralisia cerebral na criança? 🤷🏼♀️
Desde o momento da formação do bebê na barriga até depois do nascimento, existem sinais de alerta para que uma investigação apropriada seja feita!
Para as mamães e papais ficam os seguintes sinais que merecem atenção:
Crianças com pouca movimentação intra-útero;
Crianças com score de Apgar (ainda falaremos disso!) baixo ao nascer;
Marcos do desenvolvimento atrasados
O pediatra será capaz de encontrar sinais mais específicos, e sendo o caso encaminhar para o neuropediatra, que fará toda a investigação (com exame neurológico detalhado e exames de imagem) para o diagnóstico e estabelecer o tratamento, porque sim, temos MUITO o que fazer por essas crianças!
Como ajudar as crianças com paralisia cerebral?
A capacidade de uma pessoa de transcender seus limites físicos é, em grande parte, devido aos tipos de terapias que são usadas para ajustar suas habilidades.
A terapia estimula a funcionalidade, a mobilidade, a forma física e a independência. Os tipos de terapia variam de acordo com as necessidades únicas de cada pessoa, tipo de Paralisia Cerebral, extensão da deficiência e condições associadas.
Fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala e da linguagem, junto com equipamentos adaptativos, são formas populares de tratamento para crianças com Paralisia Cerebral.
A terapia desempenha um papel vital no gerenciamento da deficiência física, otimizando a mobilidade. É implantada para controlar a deficiência (principalmente espasticidade, contraturas e tônus muscular), controlar a dor e fornecer ótima qualidade de vida ao promover a funcionalidade, o autocuidado e a independência.
A terapia também traz benefícios mentais, emocionais, acadêmicos e sociais para indivíduos com Paralisia Cerebral.
A terapia pode ser usada junto com outras opções de tratamento, como terapia medicamentosa, cirurgia, tecnologia assistiva, medicina complementar e intervenções alternativas. Quando a equipe multidisciplinar de profissionais determina os objetivos do plano de cuidados da criança, eles determinam as opções de terapia apropriadas.
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