Dia das crianças e a defesa da infância
- Encanto Pediatria
- 12 de out. de 2020
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Mais do que comemorar o dia com presentes e fotos divertidas, acredito que esse é um bom momento para refletirmos sobre o seguinte: precisamos defender a infância.
As crianças de hoje não são como as crianças de outras gerações - isso é lógico; a cada geração vamos evoluindo e adquirindo novos hábitos, então não é possível compará-las. Uma coisa, porém, não muda: o direito de ser criança.
Muitas têm sua infância suprimida por exigências externas, em geral fruto da realidade cruel do nosso país, que as obriga a assumir posições que não lhes pertence - e não deveria pertencer.
No outro extremo, e no vasto meio do caminho entre esses dois pólos, temos crianças que são forçadas a amadurecer, por uma pressa e incompreensão nossa; os adultos.
“Pare de chorar, deixe de bobagem”; “Não tem motivo para essa birra”; “Você já é um rapazinho/mocinha, precisa se comportar direito”.
Existem muitos exemplos, e não me entendam mal, não estou sugerindo que devemos abrir mão de educar nossos filhos - muito pelo contrário. É que por vezes esse rigor na disciplina e uma obsessão por produtividade acaba forçando crianças a se comportarem como "mini adultos”. Elas são crianças, e precisam vivenciar cada choro, “birra”, sonhos e fantasias que são próprias da idade.
Nos cabe o exercício da empatia - se colocar no lugar do outro, para educar crianças que saibam o que é isso, que sejam sensíveis aos sentimentos dos outros, e que possam ajudar a construir uma sociedade mais justa e compreensiva, para que um dia todas as crianças, independente do “jogo da vida” tê-las feito nascer em Salvador ou no sertão do Piauí, possam se ocupar em ser “apenas” crianças.
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