Amamentação: um pouco de empatia por favor!

“Acho que não vou dar conta da amamentação”

Antes de mais nada: está tudo bem.

Vamos usar esse espaço para trabalhar a empatia, tão importante quanto as informações.

Muitas mulheres tem dificuldades diversas no momento da amamentação, que pode ser muito desafiador. O puerpério todo, aliás, é muito desafiador. Não falo de um papel de protagonista, pois ainda não tenho filhos humanos, mas de testemunha, pela convivência com muitas puérperas ao longo dos anos.

Sei que tem dias que bate uma vontade de desistir, junto com uma sensação de frustração e impotência; mas esses dias passam. Acho que o termo chave para enfrentar essa e outras questões é: REDE DE APOIO.

Mas de verdade:

Amamentar não é um ato solitário.

Vamos voltar para a natureza mais uma vez?

Como as espécies, inclusive a nossa, originalmente, se organizam?

Em bandos, tribos.

É um trabalho conjunto e partilhado, de modo a não ficar pesado para ninguém.

Já vi mães com redes de apoio lindas e enormes - avós, tias, amigas; mas também famílias com a rede apoio resumida a uma pessoa, presente e participativa.

O importante aqui não é o tamanho, e sim a presença.

Mas, para ter uma rede de apoio é preciso duas coisas: saber pedir ajuda, e saber ser ajudada.

As emoções estão a mil, a sensibilidade e fragilidade muito mais aguçadas, e pode ser muito desafiador para muitas mulheres o “pedir ajuda”, como se viesse junto com uma bagagem de “não sou capaz”. Vamos aos poucos trocando essa ideia pela de que “somos melhores juntas”, porque somos mesmo.