Agora é hora da pausa para...hidratação

Interrompendo a programação do momento para um hábito saudável e muito necessário: beber água!

Estamos no verão e, como todos vem percebendo, eles têm ficado cada ano mais quentes. A água é a nossa maior aliada para os dias quentes (e para os frescos também, ela é essencial em todas as estações), mas será que estamos dando a real importância para esse hábito?

É muito comum ouvir frases como essas dos adultos:

“Às vezes eu passo o dia inteiro sem beber água”;

“Nunca lembro de beber água quando estou trabalhando”;

“Café eu bebo bastante, mas água...”;

“Serve água de côco?”;

E por aí vai.

Se a gente tem dificuldade para inserir na nossa rotina, imagina as crianças?

Como convencer os pequenos a pararem as brincadeiras, em meio às férias, para beber um copo de água?

Bom, não tem fórmula mágica, mas uma coisa é certa: é preciso cultivar o hábito.

Só assim não teremos adultos que, em meio à suas rotinas frenéticas (certamente menos divertidas que as brincadeiras de férias) não “se esquecerão de beber água”.

E para cultivar um hábito precisamos, antes de tudo, estar convencidos da sua importância.

A importância de beber água é de senso comum, mas vale relembrar alguns pontos.

A maior parte do nosso corpo é feito de água, ela é o veículo para as mais importantes atividades fisiológicas, da menor célula até os órgãos mais vitais. É como se ela fosse o nosso “combustível”.

E, de uma forma que todos conseguem entender: não podemos funcionar bem sem o nosso combustível, não é mesmo? Muitas vezes, quando nos sentimos cansados ou indispostos, estamos simplesmente desidratados. E não apenas (mas principalmente) em dias quentes. Como a maior parte do nosso corpo é feita de água, nós a “gastamos” em praticamente todos os processos vitais; é o que chamamos de “perdas insensíveis”.

Respirar, falar, regular nossa temperatura e pressão sanguínea...tudo isso demanda “combustível”. Em condições normais, já temos essas perdas basais, agora vamos imaginar em situações que aumentam essa demanda:

• dias quentes em que suamos muito;

• ao praticar atividade física, com o coração e a respiração acelerados;

• durante resfriados (perdemos muita água pelas secreções) ou qualquer outro estado que leve nosso corpo a trabalhar mais: se não fornecermos o combustível necessário, como poderemos trabalhar mais?

Hábitos não se criam da noite pro dia, mas um dia eles precisam começar, e aqui vão algumas sugestões úteis para usar com as crianças (e, porque não, com adultos também):

• Use a criatividade para as analogias: crianças precisam de associações para entenderem muitos conceitos que para nós são óbvios. “Beber água é importante para você” dificilmente funciona. Pode usar a analogia de máquina/combustível ou criar qualquer outra. Para os maiores que gostam de videogame, vale a associação de que “beber água aumenta a sua barra de energia – ou “life”;

• Envolva a criança de modo que ela se sinta comprometida com a causa: deixe ela escolher uma garrafinha ou copo especial para tomar água, que a acompanhe o dia inteiro;

• Estabeleçam algumas “metas”, lembrando de começar de forma progressiva. Ter uma garrafinha dedicada para esse fim ajuda – “Hoje precisamos tomar a garrafinha toda pela manhã”;

• No começo, pode ser interessante fazer os intervalos programados, até que não seja mais necessário;

• Evite usar substituições. A criança pode tomar suco, água de côco e outros líquidos durante o dia, mas nenhum deles poderá substituir a água.

1. Primeiro, porque a água (e não a água de côco ou sucos) é o nosso combustível. Esses outros líquidos têm concentrações diferentes, como exemplo da água de côco que contém alto teor de potássio, e se consumidos rotineiramente e em excesso, podem causar prejuízos ao nosso equilíbrio fisiológico.

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Segundo, porque eles viciam o paladar, por serem doces. É muito mais difícil convencer uma criança a trocar água de côco por água do que ensiná-la a beber água regularmente e, de vez quando, tomar água de côco.

Espero que as sugestões tenham sido úteis. Se você tiver alguma diferente, me conta?

Conhecimento é feito para dividir, e vou adorar saber sobre novos pontos de vista. Ficou alguma dúvida? Manda ai nos comentários.

Um beijo e até a próxima

(não se esqueça do copo de água quando terminar de ler),

Ana Luisa